domingo, 6 de dezembro de 2015

Sobre a criança que há em mim

Amadureci cedo demais; mas ainda guardo a criança dentro de mim. Uma criança agitada, egoísta, mimada e que quer sempre ter razão. Por vezes meu lado adulto toma conta, meu lado forte, sensato. Mas no fundo existe aquela criança inquieta e impaciente, sempre querendo causar briga. Quando perco a cabeça, respiro fundo e tento não explodir... Na verdade, em alguns momentos só queria voltar a ser essa criança que tinha todos os desejos atendidos e nenhuma luta a travar. Queria a inocência e o riso fácil ao invés da indiferença e do semblante fechado. Queria simplificar... Para ser mais união, calmaria e paz. Queria ter prazer nas coisas simples e não ser o adulto que sempre reclama de tudo. Queria entender mais, mas também queria ser melhor compreendida. Queria não me preocupar tanto, queria não me culpar tanto. Queria só me ocupar de coisas boas. Queria ter mais tempo. Queria não querer tanto, mas fazer. Queria eu não ser a única a querer. Mas espero; afinal, a gente sempre encontra o caminho de onde deve chegar.

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