quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Incolor

Desde que você se foi, já não consigo mais escrever. Minha alegria acabou, e meus dias ficaram sem cor. Eu juro que vou tentando viver, mas parece ser impossível. Sem você aqui, já não há razão para nada. De que me adianta o frio, sem ter o seu coração para aquecer o meu? De que me adianta sorrir, se não é você o motivo dessa felicidade? E de que adiantam todas as canções de amor, se já não fazem mais sentido algum? E eu só vivo chamando o seu nome, mas você não me responde. Apenas o eco da solidão… Pelo menos estou aprendendo a ser forte. E estou lutando comigo mesma, todos os dias, para não ter que chorar. Porque quando fecho os olhos, ainda é o seu rosto que vejo em minha mente, e seus lábios ainda são aqueles os quais quero beijar. Seus braços ainda são meu alicerce, o seu cheiro, meu vício, e a sua voz, o meu ponto de paz.      

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Par


Tenho andado tão só, vazia. Perdida num caminho que nem eu mesma sei onde vai dar. Seguindo um mapa confuso, para qualquer lugar. Vou esperando o destino me levar. E se quer saber, não me importo mais. O que doía já deixei para trás. Lembranças eu trago no bolso, e os bons amigos no peito. A saudade a gente acalma de algum jeito… Não te preocupes, meu amor. A jornada é longa, ainda temos tempo. Coração sabe a hora de chegar. Tantas perguntas sem respostas, já não tenho mais medo. Vou deixando a luz da lua me guiar. E numa caixinha vou guardando os momentos aos quais quero recordar. A dor, o passado escondeu. A dúvida, o presente calou. E a felicidade, ao futuro restou. Apenas me segure firme enquanto eu estiver caindo… E de presente, dê-me alguns sorrisos. Digo-te agora com toda a certeza: na dança da vida, estou pronta para ser teu par.