sexta-feira, 13 de abril de 2012

Tempo

Sei lá... Bateu uma alegria no coração. Uma vontade de sorrir. Gritar para o mundo que a felicidade é pouca, mas que vale, e muito. Agradecer a cada um de vocês que faz parte dessa coisa louca que eu chamo de vida. Um motivo especial? Sim, estou aqui, hoje. Sorrindo, falando besteira, divertindo-me sozinha. Lembrando que, mesmo longe, eu tenho os tesouros mais preciosos do mundo. Ainda tento entender o porquê de estarmos aqui. Surpreendo-me todo dia com a beleza louca desse mundão. O sol que sorri e a lua que irradia, sem se importarem se há um público a observar. Uma florzinha que desabrocha tímida... E depois se torna aquela que rouba todas as atenções. Reclamo muito, eu sei. Drama é meu apelido, e preguiça, meu segundo nome. Às vezes dá uma tristeza, não é? Então eu me lembro de tudo de bom que já vivi. De todas as pessoas lindas que conheci, e daquelas que ainda esperam por mim. Lembro-me de como tenho sorte, em todos os aspectos. E por mais que às vezes existam dias cinzas, há sempre aquele pássaro colorido que aparece para você. E lhe faz cantar sem motivo, correr, pular... Que coisa incrível é essa vida, não? Insana. Serelepe. Curiosa. Parece uma menininha a brincar no jardim. Eu era assim, risonha, faladeira. Que orgulho que tenho de ser quem sou. Orgulho que tenho de meus amigos, a família que escolhi. Enquanto o tempo corre, vou me encantando ainda mais pelo mistério de viver. Guardando na caixinha da memória o delicioso enigma de poder ser.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Sua

Não sei mais o que acontece comigo ou com o mundo. Será que um dia alguém descobrirá? Às vezes sinto que não sou daqui… Às vezes sinto-me tão sua. Eu não sei ao certo como explicar. Só queria ter a certeza de que você, de algum modo, também se sente assim. Será que fomos mesmo feito um para o outro? Será que existe no universo algum ser assim? Você realmente acredita quando eu digo que você se encaixa perfeitamente a mim? Eu ouço o vento lá fora, e ele me diz para seguir em frente. Não sei mais se sou razão ou emoção. Não sei se choro de saudade, ou se apenas para tentar expulsar o vazio de dentro de mim. Derramo em minha roupa - sim, aquela que você adorava - uma xícara de café frio. Só você me acha bonita assim, estranha como sou. Assisti a um filme, imaginando como seria se você estivesse ao meu lado. Eu me abraçaria ao seu corpo com toda força e ternura… Eu derramaria lágrimas de alegria, enquanto você diria:‘não precisa chorar, minha princesa. Eu te amo e estou aqui com você’. Pararíamos no meio do filme e nos amaríamos. Sempre foi assim, lembra? Depois, nos olharíamos com um doce sorriso de canto, transbordando o sentimento de termos sido as duas pessoas mais felizes do mundo. Você acreditava em mim quando eu dizia que nunca lhe abandonaria? Pois eu estou aqui, meu amor. Faça-me acreditar que ainda existe um futuro para nós dois. Prove-me que nada foi em vão, e que os erros e a distância só serviram para nos ensinar o que é o amor. Faça-me crer naquilo que ninguém vê… Mas eu sei, nós sentimos. Quero estar com você num momento chamado eterno. Torne meu sonho realidade… Você sabe que não é tão difícil assim. Tenha fé, pois é assim que o amor nos move a ser: persistentes. Eu sei que o que sentimos é algo puro, que ninguém pode compreender, que o tempo não consegue mudar… E olha, eu guardo comigo cada memória. Cada andar de mãos dadas; a forma como seus dedos se entrelaçavam nos meus. Seus abraços, seus beijos… O vento a ressoar pelas folhas, tocando nossa canção de amor. Seus sorrisos, seu olhares. Seu toque que me arrepiava todo o corpo. Seu jeito durão de dizer que me amava, e de como queria cuidar de mim. Os medos, as frustrações, os perigos e aventuras. Seu casaco e seu boné preferidos ainda estão guardados no meu armário, sabia? A blusa do seu time que eu odeio, também. Com quem seria, se não com você?Como esquecer da chuva abençoando o nosso amor? Ecos de dois corações que palpitavam sem parar. Me diz, quem além de mim te deixa sem fôlego? Quem além de você para me ninar… E que venham nossos filhos inteligentes, nossa vida, nosso apartamento. Aqui, no Japão, ou em qualquer lugar. Talvez apenas a lembrança do maior amor de que nos permitiram desfrutar.