A intolerância do ser humano nos
leva à ruína, cada dia mais. Ambição, discórdia, tudo um poço de asco infinito.
Indigna-me a fúria nos olhos e a falta de respeito e amor no dia-a-dia. Monstros;
bichos que agem por instinto. Mal sabem eles que somos todos iguais. Que por
baixo da pele, de pigmentação diversa, pulsam e funcionam os mesmo órgãos vitais.
Não existem superiores ou inferiores; o que há de diferente são as mentes. Umas
tão puras e ingênuas. Outras, tão vis e maldosas. O perdão é esquecido todos os
dias, e os homens vivem numa guerra constante pelo poder e pelo dinheiro.
Quanta mesquinharia! Pessoas são perdidas todos os dias, graças à falta de
apoio, compaixão, saúde e alimento. O que deveria nos beneficiar só nos
prejudica. Adquirimos o direito do voto, mas não sabemos em quem votar. Na
verdade, não temos opção. São na maioria ratos de porão, prontos para roerem
até a última parte de nossos ideais. E todo mundo age como se fosse normal toda
essa ignorância. Essa displicência, esse pouco caso. São vidas que secam e
morrem. Lutemos como irmãos que somos. Não se pode deixar que acabe assim a
esperança. Faça a coisa certa, sempre. Ainda que difícil seja descobrir qual
ela é.
"Violência como uma forma de alcançar a justiça racial é impraticável e imoral. É impraticável uma vez que é uma espiral descendente que termina na destruição de todos. A antiga lei do 'olho por olho' deixa todo mundo cego. É imoral porque procura humilhar o oponente, em vez de ganhar o seu entendimento, que busca aniquilar, em vez de se converter. A violência é imoral porque prospera em ódio em vez de amor. Ela destrói comunidade e faz fraternidade impossível. Ele deixa a sociedade em monólogo, em vez de diálogo. Violência termina por derrotar a si mesma. Ele cria amargura nos sobreviventes e brutalidade nos destruidores."
(Martin Luther King Jr.)