Lá fora o vento soprava, frio. Ora inconstante, ora como uma bela melodia. Dentro dela, porém, tudo que outrora estava de cabeça para baixo, agora era uma tempestade de alegria. Mesmo a distância de casa não era suficiente para fazê-la sentir-se triste; estava segura consigo mesma, pois sabia que o laço que construíra era forte. Os temores, as mágoas, a inconstância e a falta de paciência deram lugar a olhos calmos, sorrisos e paz. Ela sonhava, pois sabia que alcançaria. O medo do fracasso não a assustava mais. Um dia após o outro, ia seguindo, acreditando em si mesma, caindo e levantando, imersa em sua calmaria. E, mesmo quando todo o resto era caos, ela foi pega de surpresa: reconheceu-se dona de si.
