quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sobre nove de abril de dois mil e onze


Parecia um dia comum, como outro qualquer. A diferir por algo simplório: estávamos sobre o mesmo solo e respirando o mesmo ar. Desde que saí de casa, não consegui pensar em outra coisa a não ser te ver. Poder te tocar, sentir teu cheiro, ver-te sorrir. Tratava-se de uma espera agonizante. Era a terceira das oportunidades, sendo que as anteriores foram falhas. O medo existia, mas o desejo era maior. O prazer de conhecer algo novo, desfrutar do que sempre sonhei. As horas do meu dia pareciam não passar, e a cada segundo de tortura, tua imagem não saia do meu pensamento. Nas poucas palavras que pude ler, um ponto de esperança oscilava; não sabia se sim ou se não. Disseram-me que meus olhos brilhavam ao ouvir teu nome. O dia se foi e chegou a hora; precisaria arriscar. Só de imaginar um lugar vazio, sem ti... Aquilo doía. Tomei então coragem e fui até lá. Pelo interfone, ouvi tua voz. Não pude acreditar que estávamos tão perto; comecei a sorrir. Manter a calma naquele momento era quase impossível. Apareceste, e corri ao teu abraço. Como explicar? Senti-me então viva, e pude crer no quanto era real. O teu calor, pelo qual tanto ansiei. A tua face bonita, teus traços e olhos marcantes; a tua voz, que sempre me encantou. E eu estava ali, contigo. Mesmo depois de um dia turbulento, encontrei-me feliz ao teu lado. Encontrei a paz no teu abraço. Encontrei, no teu riso, um motivo para sorrir. Diferente do que pensas, ao meu ver, não podia ser mais perfeito. As circunstâncias encarregaram-se para que tudo fosse natural. Palavras fluíam sem medo, mesmo tão bobas. Sorrisos e olhares, os quais nem o maior dos sábios estaria apto a descrever ou julgar. Estar ali, feliz, simplesmente por estar. Querer parar o tempo naquele lugar. Uma breve despedida com mais um forte abraço; a nossa história não acabaria ali. Pelo contrário, era só mais um capítulo do belo livro que estamos a escrever. A vida. Se não sabes, a que vivo... Ela te precisa. E anseia por viver novamente a sensação inexplicável daquele sábado à noite. E anseia por ver aquele sorriso, aqueles olhos, e ouvir aquela voz, tão doce, outra vez. De volta ao mundo real, tuas belas palavras ressurgem. E eu percebo então a tua forma de amar. Percebo que não só eu gravei cada detalhe daquele momento e lugar. Dizer-te... Posso não ser a melhor amiga, posso não ser a mais bonita ou legal, posso não ser tão inteligente, podemos não ter tão boas histórias para contar; mas este coração, que bate aqui, dentro de mim, ele se alegra por te ter. Por saber que, em algum lugar, tu estás, e é feliz por se lembrar de mim também. Saibas que a cada dia me pertences mais. E, ao pensar no que passou, de meus olhos transborda a saudade, e a esperança de logo um dia ver-te de novo.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Caquinhos


Caquinhos de um coração, alguém se dispõe a colar? Porque o meu foi quebrado em mil pedaços como um vidro, e eu preciso de alguém que cuide dele para mim agora. Decepção atrás de decepção cansa. Acreditar em quem não lhe faz bem… Fazer tudo por quem não faz nada por você. Olhar pra trás e ver os erros que você cometeu, até mesmo sem querer. Alguém me ouve e pode curar a minha dor? Alguém aí precisa do meu amor? Estou aqui a lhe esperar, pois ao meu lado está sobrando um lugar.