terça-feira, 1 de outubro de 2013

Náufragos

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É primavera. É madrugada. Vento canta na janela, grilos cricrilam. A correria da vida espanta; da minha cabeça você não sai. Consciente, inconsciente... O que me motiva é você. Você é a força, é o desejo, é o instinto. Amor, que isso nunca se reprima! Nos seus sorrisos e olhares e cheiros e toques e sabores quero ter o prazer de infinitamente mergulhar. Pensar em estar ao lado seu inunda meu peito de alegria, e eu não quero nunca emergir deste mar de amores. Você é quem dá luz a tudo o que se escondia nas sombras, é quem permite vir à tona, com toda a sinceridade do mundo, o meu verdadeiro eu. A você posso mostrar-me de alma despida, sem temer que ridicularize o que sou. A você posso contar sobre meus medos, devaneios, loucuras, segredos... Com você, faço planos – que estão longe de ser meros sonhos –, objetivos concretos, os quais realizaremos juntos. Não me intimida dizer que em você tenho a certeza de tudo. E àqueles que riem e nos chamam de insanos, a minha compaixão. Pobres espíritos solitários, sem brilho, sem rumo... Pois digo e repito: você é o meu fulgor; meu sul, meu norte, minha direção. E a eles desejo, amor, que se contagiem pela magia das coisas; e que nunca se permitam pelas escuras e duras águas da amargura naufragar.  

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