Ernesto Rafael ‘Che’ Guevara de
La Serna. Antes de assistir a esse filme e conhecer um pouco de sua trajetória,
eu acreditava ser só mais um nome na História. Porém, tive a grande
oportunidade de descobrir a grande pessoa que ele foi e apaixonar-me por ele. Ser
humano de coragem, guerreiro. Além de lutar pela libertação da América, lutou,
acima de tudo, pela vida dos homens. Lutou por um mundo melhor para se viver,
com menos desigualdades e mais justiça. Não foi apenas mais um idealista, e sim
alguém que fez questão de disseminar e por em prática suas crenças. Emociona-me
a maneira como Che deu de si, mesmo diante de tantas adversidades, para cuidar
dos outros. O quanto se dedicou a um povo que apenas se assemelhava a ele pelo
sangue latino que corria em suas veias. E isso me faz refletir sobre algo: por
que os bons morrem cedo? Por que o mundo é tão cruel e miserável? Quando essas
vendas malditas irão cair, e as pessoas começarão a se preocupar com o que
realmente importa? Andamos precisando de mais pessoas assim, que se doem e se
dediquem a um ideal. Que não tenham medo de dar a cara à tapa e enfrentar um
sistema que nos sufoca e nos controla. Pessoas como Che, que, ao invés de
permanecerem caladas diante dos problemas, enfrentem-nos. A cada dia, me
impressiona mais o individualismo e a falta de compaixão dos que me rodeiam. Assistir
a uma obra como essa me faz crer no quanto a humanidade clama por socorro, e
ninguém ouve. Diante disso, desperta em mim também uma chama de espírito
revolucionário. Afinal, como pregava o grande mestre, ‘ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética’.
Como dizia também, ‘o verdadeiro
revolucionário é movido por grandes sentimentos de amor’, e é esse amor
pela alma humana que me move, que me faz levantar-me da cama todos os dias. É
esse amor que me faz acreditar num futuro melhor, num mundo mais digno, justo e
igualitário. Por favor, que haja mais fé no amanhã. Que haja mais gente
querendo construir do que destruir. Que haja mais amor, mais paz, mais sossego.
Que haja compaixão e bondade, ao invés de discórdias e guerras. Que haja
orgulho dessa grande América de mil etnias, culturas, sorrisos e dores, que se
convertem em um só coração latino e lutador.
“Este não é o relato de ações impressionantes. É um pedaço de duas
vidas tomadas em um momento que cursaram juntas um determinado trecho, com
identidade de aspirações e conjunção de sonhos. Foi nossa visão muito estreita,
muito parcial, muito apressada? Foram nossas conclusões muito rígidas? Talvez.
Mas este vagar sem rumo pela nossa imensa América me mudou mais do que pensei.
Eu já não sou eu. Pelo menos, já não sou mais o mesmo em meu interior.”
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