sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Sobre ‘Diários de Motocicleta’

Ernesto Rafael ‘Che’ Guevara de La Serna. Antes de assistir a esse filme e conhecer um pouco de sua trajetória, eu acreditava ser só mais um nome na História. Porém, tive a grande oportunidade de descobrir a grande pessoa que ele foi e apaixonar-me por ele. Ser humano de coragem, guerreiro. Além de lutar pela libertação da América, lutou, acima de tudo, pela vida dos homens. Lutou por um mundo melhor para se viver, com menos desigualdades e mais justiça. Não foi apenas mais um idealista, e sim alguém que fez questão de disseminar e por em prática suas crenças. Emociona-me a maneira como Che deu de si, mesmo diante de tantas adversidades, para cuidar dos outros. O quanto se dedicou a um povo que apenas se assemelhava a ele pelo sangue latino que corria em suas veias. E isso me faz refletir sobre algo: por que os bons morrem cedo? Por que o mundo é tão cruel e miserável? Quando essas vendas malditas irão cair, e as pessoas começarão a se preocupar com o que realmente importa? Andamos precisando de mais pessoas assim, que se doem e se dediquem a um ideal. Que não tenham medo de dar a cara à tapa e enfrentar um sistema que nos sufoca e nos controla. Pessoas como Che, que, ao invés de permanecerem caladas diante dos problemas, enfrentem-nos. A cada dia, me impressiona mais o individualismo e a falta de compaixão dos que me rodeiam. Assistir a uma obra como essa me faz crer no quanto a humanidade clama por socorro, e ninguém ouve. Diante disso, desperta em mim também uma chama de espírito revolucionário. Afinal, como pregava o grande mestre, ‘ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética’. Como dizia também, ‘o verdadeiro revolucionário é movido por grandes sentimentos de amor’, e é esse amor pela alma humana que me move, que me faz levantar-me da cama todos os dias. É esse amor que me faz acreditar num futuro melhor, num mundo mais digno, justo e igualitário. Por favor, que haja mais fé no amanhã. Que haja mais gente querendo construir do que destruir. Que haja mais amor, mais paz, mais sossego. Que haja compaixão e bondade, ao invés de discórdias e guerras. Que haja orgulho dessa grande América de mil etnias, culturas, sorrisos e dores, que se convertem em um só coração latino e lutador.

“Este não é o relato de ações impressionantes. É um pedaço de duas vidas tomadas em um momento que cursaram juntas um determinado trecho, com identidade de aspirações e conjunção de sonhos. Foi nossa visão muito estreita, muito parcial, muito apressada? Foram nossas conclusões muito rígidas? Talvez. Mas este vagar sem rumo pela nossa imensa América me mudou mais do que pensei. Eu já não sou eu. Pelo menos, já não sou mais o mesmo em meu interior.”

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