Eu não sei quem eu sou longe de você. Eu me sinto tão sozinha
e pequena... Eu posso até existir, mas é como se as coisas não fizessem
tanto sentido. A cama parece grande demais sem o teu aconchego. As horas
parecem longas demais quando estou sem você. Os sons deixam de ser melodias e
viram ruídos. Os espaços parecem mais vazios. Eu vivo num estado catatônico,
mecânico. Eu sinto a falta do perfume, do abraço, do carinho. Sinto a falta do
colo e dos beijos. Sinto falta da nossa rotina e da forma como a gente se
esforça pra ser melhor um pro outro. Sinto falta até das dificuldades, porque
elas nos ensinam tanto. Eu sinto falta das nossas diferenças e de como
aprendemos a lidar com elas. Sinto falta de como a gente se diverte com tão
pouco... E me arrependo de cada segundo que eu deixei de te olhar, de reparar
com mais cuidado no teu sorriso, nos teus olhos ou nos teus cachinhos dourados.
E eu imagino tanta coisa que eu poderia ter dito ou feito... Mas a verdade é
que a gente se basta. Nenhuma palavra ou texto, nada que eu diga é
suficientemente bom pra descrever quem somos, o que somos. Na verdade, com
você, tudo fica mais fácil. Toda a rotina estressante e maçante se torna mais
simples. É chegar em casa e ver o teu sorriso e tudo ficar bem. É literalmente
manhã de domingo à toa. É o riso no fim de uma tarde fria. É o prazer em
desfrutar dos momentos mais simples. É o acalanto na dor. É você. Sempre será.
Obrigada por ser quem é e ser tudo que é. Serei sempre sua casa. Volta sempre
pro teu lar.
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