domingo, 11 de dezembro de 2016

Viagem

Costumam dizer por aí que devemos ser completos para então encontrar alguém que nos transborde. Mas a verdade, para mim, é bem diferente desta. Não posso negar, você me completa! Posso até ser 99% inteira, mas aquele 1% é você. Você me ensinou, mexeu comigo, mudou tudo aqui dentro, e sim, você é uma parte de mim. De que vale a beleza se não há você para contemplá-la comigo? De que vale o riso? Ele nunca é tão alegre se não há você para rir comigo. E até mesmo a tristeza é mais triste, pois não há você para me acalentar.

Posso ser independente, posso ser autossuficiente, posso até viver sem você; mas a verdade é que não quero. A verdade é que não tem graça. A verdade é que você torna tudo mais vivo, mais divertido e intenso. Você é maravilhosamente incrível, e eu com certeza me tornei mais incrível depois de você. Por melhor que as coisas estejam, sei que sempre podem melhorar quando se trata de você. Você sempre arranja um jeito de me fazer rir de uma maneira diferente, às vezes até da mesma piada boba tantas e tantas vezes contada. Você até me faz encontrar novos jeitos de perder a paciência com você e, cada vez mais, fazer com que a raiva passe mais depressa. Você é uma chama de entusiasmo e alegria que não se cansa de brilhar. Você é aquele primeiro raiozinho de sol do dia, que contagia a todos com seu calor; torna-se, ao longo do dia, o grande sol que provém luz e esperança a todos e, no fim do dia, põe-se no horizonte, calmo, belo e sereno. 

Não sei se isso poderia ser melhor, mas sei que certamente você vai me mostrar que sim, pode e vai ser melhor. Por isso, percorrendo a estrada que mais uma vez me leva para longe de você - e que em breve me levará aos seus braços, novamente - penso naquela música que tanto me lembra você e pergunto, despretensiosa, saudosa e alegremente, com um sorriso no rosto: 

O que seria de nós dois sem nós?

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