quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Vai-e-vem

Eu tenho observado a vida, e ela está passando sem mim. Pessoas sendo felizes, e eu continuo no mesmo lugar. Por que não existe alguém que me entenda e se encaixe em mim? Por que tudo tem que parecer tão difícil, meu Deus? A cada dia, são novas decepções. E você já não pode mais fazer nada para mudá-las. Pequenos erros destroem grandes muros, construídos arduamente. Palavras já não fazem mais sentido, sentimentos são jogados ao vento, como um nada. As paredes do meu quarto são minha única segurança. Será que esse medo de enfrentar o mundo me impede de ser feliz? São tantas lembranças que doem... São tantos espaços vazios dentro de mim. São tantos desejos, tantos sonhos, e ninguém para segurar em minha mão. Ninguém para olhar em meus olhos e dizer: estou contigo, até o fim. É a saudade que mata. É a falta de olhares sinceros. É lembrar-me do seu sorriso a cada instante... E repetir, baixinho: sinto sua falta, volta pra mim! É olhar-me no espelho e sentir-me cada vez mais incompreendida e estranha. É como se eu não soubesse mais quem sou. E nesse vai-e-vem, nesse vazio de sentimentos, vou tentando viver. Vou tentando suportar a minha presença, que eu já nem quero mais. 

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