Quando olho para o passado, não sinto tristeza, remorso ou dor. Sinto que estou (e que estamos) exatamente onde deveria(mos) estar.
A vida é feita de ciclos, de altos e baixos, de clichês, de dúvidas, renovações, recomeços, renascimentos, crescimento.
Como diria Guimarães Rosa, "viver é um eterno rasgar-se e remendar-se".
Viver, afinal de contas, é isso. Idas e voltas, aproximações e afastamentos.
Já estive lá, já fui feliz lá. Hoje estou aqui e sou feliz aqui. Mesmo longe, sinto felicidade por aqueles que estão lá. Vejo que cada um está exatamente onde deveria estar.
Que os sorrisos sigam, mesmo que não juntos. Que a felicidade exista, mesmo que na distância. Que a torcida permaneça mesmo com o vínculo, outrora tão justo, agora frouxo.
Este é o momento da minha vida em que mais me sinto eu. Em que mais me sinto inteira, completa, presente, apropriada de mim.
E é um pouco triste que isso aconteça na distância, mas ao mesmo tempo, não apaga o brilho da história que foi por tantos anos.
Que eu sempre possa lamentar menos e agradecer mais. Que as contemplações da vida sempre me façam crescer e me sentir realizada no aqui e agora.
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